terça-feira, 15 de setembro de 2009

FORMAÇÃO CATEQUÉTICA

AS IMAGENS NA TRADIÇÃO DA IGREJA (PARTE II)
O Concílio de Nicéia II (787), com base nos sólidos argumentos de grandes teólogos como São João Damasceno, doutor da Igreja, reafirmou a validade do culto de veneração(não adoração)das imagens. O Concílio distinguiu entre Latréia (em grego adoração), devida somente a Deus, e proskynesis (veneração), tributável aos santos e também às imagens sagradas na medida em que estas representam os santos ou o próprio Senhor.
Note, então, que muito antes da Reforma Protestante, a Igreja já tinha estudado o uso das imagens; isto foi há cerca de 750 anos antes da Reforma.
A sagrada Tradição da Igreja, sempre assistida pelo Espírito Santo (cf. Jo14,15.25; 16,12-13) sempre reconheceu o valor pedagógico e psicológico das imagens como um auxílio para a vida de oração.
Todos os santos da Igreja, em todas as épocas, valorizaram as imagens. Santa Teresa de Ávila († 1582), ao ensinar as vias da oração às suas Religiosas, dizia :“Eis um meio que vos poderá ajudar… Cuidai de ter uma imagem ou uma pintura de Nosso Senhor que esteja de acordo com o vosso gosto. Não vos contenteis com trazê-las sobre o vosso coração sem jamais a olhar, mas servi-vos da mesma para vos entreterdes muitas vezes com Ele” (Caminho de Perfeição, cap. 43,1).
Enfim, Deus não proibiu imagens de maneira absoluta; mas proibiu imagens de ídolos para serem adorados. Sabemos que uma meia verdade é pior do que uma mentira. Não se pode interpretar a Bíblia lendo apenas alguns versículos sobre um determinado assunto; é preciso ler todos os versículos da Bíblia que falam do mesmo assunto para que a interpretação seja correta. O perigo da interpretação fundamentalista é este: fixar os olhos em um único versículo e querer tirar daí uma interpretação definitiva de uma verdade religiosa. Cai-se no erro.
As imagens leva-nos a refletir, orar e ter a certeza de que são modelos para serem imitados, pois são do Alto.
Os símbolos sempre fizeram parte da educação e cultura da humanidade, todas as sociedades têm suas figuras, imagens e desenhos que representam sua história, desde os tempos das cavernas, alias se não houvesse os pictogramas nas paredes dessas não haveria história da humanidade. Desde bem pequeno o homem tem contato com as imagens que o educa, é a primeira forma de leitura, e isso vale para católicos, protestantes, judeus, enfim toda a raça humana, é a leitura de mundo que todo educador, tendo ou não um curso superior sabe e se utiliza disso, por que então tanta aversão sem fundamento de algo que pedagogicamente sabemos que é a única forma daqueles que ainda não são alfabetizados entenderem o mundo e o sagrado, olhar uma imagem não é adorá-la mas é se perguntar “será que um dia serei tão cristão quanto este?”, este que adorou a Deus a ponto de dar sua vida, mudar sua história e esquecer-se de si para amar o próximo como Jesus ensinou? Isto é aprendizado da fé. Se ainda não entedemos isto é porque precisamos pedir ajuda ao Espirito Santo para nos dar discernimento. Este foi um depoimento de Eliane -São Paulo.

Fonte: Prof. Felipe Aquino. Escritor e Apresentador da Comunidade Canção Nova.
Continua na próxima postagem!
Um abraço!

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